quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Biografia - Manuel Bandeira

Manuel Bandeira (1886-1968) foi poeta brasileiro. "Vou-me Embora pra Pasárgada" é um dos seus mais famosos poemas. Foi também professor de Literatura, crítico literário e crítico de arte. Inicialmente interessado em música e arquitetura, descobriu a poesia por acaso, na condição de doente, em repouso, para tratamento de uma tuberculose. Os temas mais comuns de sua obra, são entre outros, a paixão pela vida, a morte, o amor e o erotismo, a solidão, o cotidiano e a infância.

Manuel Bandeira (1881-1968) nasceu na cidade do Recife, Pernambuco, no dia 19 de abril de 1881. Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Souza Bandeira e de Francelina Ribeiro, abastada família de proprietários rurais, advogados e políticos. Seu avô materno Antônio José da Costa Ribeiro, foi citado por Bandeira no poema "Evocação do Recife". A casa onde morava, localizada no centro do Recife é citada como "a casa do meu avô".

Manuel Bandeira viajou, junto com sua família, para o Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio Pedro II. Em 1904 ingressou na faculdade de arquitetura, em São Paulo, mas abandonou o curso por ter contraído tuberculose. Voltou para o Rio de Janeiro onde tentou tratamento em estâncias climáticas em Teresópolis e Petrópolis.

Em 1913 viajou para Suíça, em busca de cura, onde permaneceu mais de um ano no Sanatório de Chavadel, onde conheceu o jovem e mais tarde, famoso poeta francês Paul Éluard, internado na mesma clínica e que coloca Manuel Bandeira a par das inovações artísticas que vinham ocorrendo na Europa. Discutem sobre a possibilidade do verso livre na poesia. Esse aspecto técnico veio fazer parte da poesia de Bandeira, que foi considerado o mestre do verso livre no Brasil.

Ingressou na literatura, em 1917, com o livro "A Cinza Das Horas", de nítida influencia Parnasiana e Simbolista. Em 1919 publicou "Carnaval", que representou sua entrada no movimento modernista. Em 1922, Bandeira morava no Rio de Janeiro e estava distante do grupo paulista que centralizava os ataques à cultura oficial e propunha mudanças. Para a Semana de Arte Moderna enviou o poema "Os Sapos", que lido por Ronald de Carvalho, tumultuou o Teatro Municipal.

Manuel Bandeira vai cada vez mais se engajando no ideário modernista, publica em 1924 "O Ritmo Dissoluto", e em 1930 publica "Libertinagem", obra de plena maturidade modernista. No poema "Evocação do Recife" que integra a obra Libertinagem, ao mesmo tempo que tematiza a infância, faz uma descrição da cidade do Recife, no fim do século XIX. Incorpora também vários temas ligados à cultura popular e ao folclore.

Sempre achando que morreria cedo, por causa da sua doença, assistiu entre 1916 a 1920 a morte de sua mãe, seu pai e sua irmã. Foi eleito para Academia Brasileira de Letras, em 1940, ocupando a cadeira de nº24.

Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho, faleceu no dia 13 de outubro de 1968.


Obras de Manuel Bandeira



A Cinza das Horas, poesia, 1917
Carnaval, poesia, 1919
Os Sapos, poesia, 1922
O Ritmo Dissoluto, poesia, 1924
Libertinagem, poesias reunidas, 1930
Estrela da Manhã, poesia, 1936
Crônicas da Província do Brasil, prosa, 1937
Guia de Ouro Preto, prosa, 1938
Noções de História das Literaturas, prosa, 1940
Lira dos Cinquent'Anos, poesia, 1940
Belo, Belo, poesia, 1948
Mafuá do Malungo, poesia, 1948
Literatura Hispano-Americana, prosa, 1949
Gonçalves Dias, prosa, 1952
Opus 10, poesia, 1952
Intinerário de Pasárgada, 1954
De Poetas e de Poesias, prosa, 1954
Flauta de Papel, prosa, 1957
Estrela da Tarde, poesia, 1963
Vou-me Embora pra Pasárgada, poesia, 1964
Andorinha, Andorinha, prosa, 1966 (textos reunidos por Drummond)
Estrela da Vida Inteira, poesias reunidas, 1966
Evocação do Recife, poesia, 1966
Colóquio Unilateralmente Sentimental, prosa, 1968


(Fonte : e-biografias.net)


0 comentários:

Postar um comentário

▲ Ir para Topo